Por Jeniffer Alba
“Ler um livro é para o bom leitor conhecer a pessoa e o modo de pensar de alguém que lhe é estranho. É procurar compreendê-lo e, sempre que possível, fazer dele um amigo.” - Hermann Hesse.
Você também já deve ter ouvido algo como “os livros não são para mim” ou “não gosto de ler” sendo dito por alguém de seu meio social. Eu já ouvi milhares de vezes e sempre rebato com: “Você ainda não encontrou seu livro, por isso acredita que não gosta”. Todos podem gostar de ler, basta apenas encontrar o que lhe agrade.
Em nossas vidas estamos sempre mudando de opinião, gosto e conceitos, passamos por várias experiências que vão nos moldando e formando nossa personalidade e maneira de ver o mundo. Baseando-se nisso, tomamos decisões importantes que, com o passar do tempo, olhamos para trás e nos espantamos com a “burrice” ou “genialidade” que tivemos ao decidir determinado assunto. Enquanto vivermos, estaremos sujeitos a mudanças.
Mas aí você me pergunta: “O que diabos isso tem a ver com os livros, Jeni?”. Isso tem tudo a ver, minha criança!
Além de ser uma das primeiras ferramentas de inclusão social na qual temos contato, ele é o instrumento de maior facilidade de acesso a pontos de vista diversos, e isso faz toda a diferença na forma como enxergamos nosso cotidiano. Um livro é escrito por um indivíduo, que, por sua vez, tem uma história de vida completamente divergente da sua, com uma bagagem de experiências nunca vistas por você, que o levaram a escrever da forma como está lendo.
Se formos analisar todas as obras de um determinado autor, notaremos que todos carregam sua essência, porém são livros totalmente distintos desde o tema até a organização de parágrafos.
Em cada leitura, vivemos o ponto de vista de outro alguém, que consequentemente, afeta o nosso quando vivenciamos como leitores.
Com isso, o livro eterniza determinada passagem e sentimento do autor que ele nunca mais vai poder reproduzir da mesma forma, afinal estamos em constante mudança. E é incrível perceber que esse livro pode mudar o seu ponto de vista, e com essa mudança você procurará outros que farão novamente essa transição, vamos construindo a nossa opinião peça a peça.
Quando estamos sendo alfabetizados, a base para esse aprendizado é o livro, na adolescência (a fase mais turbulenta, onde nos tornamos uma bomba de hormônios) ele atua no nosso imaginário, desenvolve nossa criatividade e nos ajuda a passar pelos problemas com mais facilidade. Na fase adulta, se tornam nossos melhores amigos, fonte de estudos, apaziguam as crises existenciais e nas vírgulas e parênteses encontramos novas formas de encarar a vida.
Há inúmeras pesquisas que confirmam: "Pessoas que têm o hábito de ler são mais felizes". Por isso, estimule seu filho a ler, mostre que pelo caminho das letras tudo se torna mais fácil, mais leve de se compreender e se encarar. Ler é cultura, é a chave para o desenvolvimento social e intelectual de forma divertida e saudável.
Essa é a real importância dos livros em nossas vidas. Um bom leitor aproveitará o conhecimento de cada obra e utilizará de seus valores aonde for possível, ainda que depois de algum tempo e várias outras leituras, ele não o compreenda da mesma maneira. Afinal estará com outros olhos. É como uma escada, só alcançamos o próximo degrau com a ajuda do anterior.
Concluindo, todos podem gostar de ler, basta ter acesso aos livros certos nas fases certas e o único que pode nos mostrar isso somos nós mesmos, basta procurar!
Então vamos lá! Erga as mangas da camisa e mãos à obra (ou seria olhos aos livros?).
Você pode começar lendo livros relacionados a coisas que goste, como por exemplo, algum esporte, algum tipo de aventura no mar, sei lá, são inúmeras as opções, poderia até dizer que são infinitas. Há, em algum lugar, nesse mundo repleto de bibliotecas, livrarias e sebos aquele livro que vai te abrir as portas para um novo universo. Acredite, aposte e procure!
E você? Que livro já mudou sua visão? Conte nos comentários a sua história!
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