Autor: Chris Columbus,Ned Vizzini
Gênero: Fantasia / Aventura / Juvenil
Gênero: Fantasia / Aventura / Juvenil
Páginas: 350
Editora: Galera Júnior
Editora: Galera Júnior
Série: Casa de Segredo
A família Walker teve que mudar seu estilo de vida depois que o chefe da família perdeu seu super emprego de cirurgião numa super Clínica. Com a grana mais curta, os Walker se mudam para uma casa que, apesar de muito bonita, tem um quê de sinistra.
Não bastasse o clima estranho, no mesmo dia em que se mudam para a mansão do há muito falecido escritor Denver Kristoff, a família é atacada por uma bruxa maluca que os manda para dentro dos livros do homem que construiu a mansão. Ok. Parece confuso, mas é exatamente isso o que acontece.
Os personagens principais são os irmãos Walker: Cordélia (a mais velha de 15 anos), Brendan (o irmão do meio que deve ter entre 12 e 13 anos) e Eleanor de 8. Assim que os irmãos são apresentados, temos uma espécie de Déjà vu, já que me pareceram todos bem clichês, exceto talvez por Eleanor, esperta, vivaz e disléxica.
Cordélia é estudiosa e adora ler. É praticamente uma viciada em livros. Brendan não vive sem vídeo game, não desgruda do seu PSP e também adora esportes. Eleanor é curiosa e ainda não desenvolveu nenhum dos vícios dos irmãos.
No início do livro, é mostrado quase à exaustão o relacionamento ruim dos irmãos, sempre brigando por não concordarem com absolutamente nada. Claro que o fato de serem catapultados para uma dimensão bizarra de livros esquisitos, contribui para a melhora da convivência entre eles.
Quando terminei de ler a Casa de Segredos, me vi caída numa esquina entre a rua da confusão e da frustração. O livro começou com um ritmo ótimo, clima perfeito de mistério com boa dose de suspense e de repente, nada. Na metade do livro o enredo perde o ritmo, os personagens sofrem de uma espécie de embabacamento inexplicável, sem contar os personagens mal aproveitados. É um típico livro que foi pensando para virar filme, e talvez esse tenha sido o erro. Livro é livro, filme é filme e fim.
São 77 capítulos, sendo que a coisa já está se arrastando desde o capítulo 60. Quando comecei a leitura e a casa foi transportada para outro mundo, me senti confortável, como se estivesse lendo um livro baseado em Jumanji ou Zatura. Os personagens centrais foram construídos dentro de formas estereotipadas, mas dão conta do recado dentro do tema proposto. Os vilões são bobóides e deixam a desejar. Não há complexidade nos antagonistas e depois disso, nem preciso dizer que a personalidade deles é muito fraca.
A resolução no final da trama é TOTALMENTE BOBA. Eu fiquei olhando para o kindle e pensando se era sério MESMO que eu estava lendo aquilo. O fato de ser um livro juvenil não é desculpa para uma resolução tão chinfrim. Livros como Nick of Time, A Ilha do Tesouro (classicão!) e até mesmo a série Legado Folclórico e os livros do Pedro Bandeira apresentam resoluções mais complexas e cabidas ao enredo, MESMO SENDO LIVROS JUVENIS.
No final, a mensagem de que livros são uma aventura incrível, me pareceu forçada. E olha que o nome deste blog é Barato Literário.
Acho que fiquei um pouco chateada com esse livro, e imagino que seja pelo fato de ter alimentado expectativas (mas é como diz o ditado, né? “Crie unicórnios, mas não crie expectativas”). Afinal, o que esperar de um livro recomendado pela própria J.K. Rowling e escrito pela dupla Chris Columbus e Ned Vizzini? Bom, nesse caso, nada.
A Casa de Segredos tem um segundo volume e não é mistério nenhum que não vou conferir.
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